Capítulo 2: Uma voz divina
Joãozinho estava determinado a ajudar Ângela, porém não tinha recurso algum para isso, trabalhava desde sua juventude naquele velho orfanato, sabia a história de todos que por lá passaram e nada conseguia fazer para ajudá-los.
Ângela não era diferente dos demais que ali viviam, uma garota sonhadora e muito entusiasta que jamais soubera a razão de estar naquele lugar, quando ouviu a voz do pobre homem que gostaria tanto de ajudá-la, teve a sensação de ter ouvido uma voz divina, a voz que tantas vezes escutava em teus sonhos. Virando-se olhou surpresa para Joãozinho, seria mesmo ele que poderia ajudá-la? Ele era apenas um empregado do orfanato, como poderia ajudá-la?
A garota permaneceu pensativa durante um tempo e finalmente disse ao homem:
- Eu agradeço muito você querer me ajudar, e estou feliz por querer fazer isso, somos tão insignificantes neste mundo, nos rebaixam, mas sei que o caminho para a felicidade não é como mostram em outdoors que invadem a cidade. Juntos poderemos encontrar a minha família.
Ângela levantou-se olhou profundamente nos olhos lacrimosos de Joãozinho e abraçou-o fortemente. Não havia mais motivos para chorar, estavam determinados a alcançar este objetivo. A lua brilhava, o céu estava estrelado e o ele entre os dois estava fadado.
As luzes já iriam se apagar, a monitora Helga estava como de costume passando pelo corredor alertando a todos com a sua voz fanhosa:
- Está na hora de dormir crianças.
Nenhum comentário:
Postar um comentário