29 de maio de 2012

Um mês

Provavelmente esta seja a última postagem deste mês de Maio, este que teve alguns aniversários e minha mão ficou mais de uma vez vermelha e dolorida por bater palma inutilmente, não que fazer aniversário seja algo ruim, pelo contrário considero esta uma data bastante especial, mas o que mais desgosto é de ver e cantar parabéns obrigatoriamente. 


O único aniversariante que eu deveria ter parabenizado, não parabenizei, o ignorei. Não sei como funciono, não sei o que me faz seguir adiante, o que me move, talvez eu esteja em algo tão mais grandioso do que um simples ser e nem perceba isso, talvez eu esteja sendo controlada e todos os meus sentimentos e anseios não existam sejam apenas meras ilusões, talvez este mundo é irreal e estamos sempre lutando pelo que não conhecemos e acumulamos o que temos em nós mesmos.


Ás vezes, sempre, constantemente fico pensando na vida, em toda esta nossa trajetória terrestre, em tudo o que nos rodeia, em cada instante de vida que ainda resta em cada coisa e admiro tudo de uma maneira, unicamente minha, não sei explicar, mas sinto.
Sem mais devaneios, este mês firmei os novos laços de amizade e persisto em libertar a mente sobre a perspectiva de mim em alguns, ainda em vão, ou não.


Enfim, não poderia eu acabar sem falar sobre o café literário, já ia me esquecendo dele, porém há apenas fotos por aqui e todo o processo de como foi executado só pode ser visto em fotos e como não confio veemente em fotos é preciso de um registo escrito.
Inicialmente o arranjo do cenário: fizemos o que podíamos fazer e gostei bastante do resultado.
Teatro: um pouco demorado, não dava para escutar as falas de alguns personagens e ficou meio enrolado. 
Declamação: desta parte eu participei, não a toa estava caracterizada, esperava que eu fosse com aquele vestido rosado simplesmente por ir? 
Adorei como declamamos e a minha declamação foi memorável pra mim, pois acho que a primeira vez que dei o melhor de mim. Talvez a expressão de que dei o melhor de mim esteja sendo usada apenas para enfatizar o quão interessante foi a declamação e certamente está sendo usada.
A Valsa: após a declamação corri para a valsa, e foi interessante...apesar que...

22 de maio de 2012

Sobre o aniversário


O que há para comemorar?
Por que come
moramos aniversários?

Tem-se a ideia de que nascer é sempre uma dádiva, um valor absoluto, um bem em si.


Mas ninguém parece querer se perguntar que tipo de vida vale a pena ser vivida, ou ainda, de que modo viver...

E se a vida for uma tragédia? Não seria o caso de lamentarmos termos nascido? 
Não poderia ser um erro haver nascido? Enfim, o que haveria para comemorar em haver nascido?

Talvez possamos dizer que o grande valor a ser comemorado é exatamente isso, ou seja, a possibilidade de pensar sobre o valor da vida e sobre seu sentido, sobre o que queremos e podemos ser e fazer no mundo... e para isso temos que ter nascido e precisamos estar vivos.

Eis então o que há para comemorar: a possibilidade de pensar..."
Fazer um bom uso da própria capacidade de pensar: é isso que pode nos tornar livres nesse mundo! 


Leandro Chevitarese 

21 de maio de 2012

Pensamento da Semana

" Eu não  sei o caminho para o sucesso, mas sem dúvida, o caminho para o fracasso é agradar a todo mundo. "

John Kennedy 

18 de maio de 2012

Reeleitura de "Você já deveria saber" - Manu Gavassi

Parabéns você fez tudo certo
Realmente uma menina muita esperta
Só errou por que eu descobri (Yeah)
Por quanto tempo você achou
Que iria me enganar
Eu não sou tão bobo
Então você já pode parar
Continue escrevendo suas musiquinhas
Quem será o próximo a acreditar
Te vendo assim como você é
Nem me dá vontade de chorar
Acho que você se confundiu
E errou de profissão
Por que você não larga o solo
Se é tão bom na atuação


Refrão
Quando ela te mandar flores
Não se iluda você não é a único
Quando ela escrever canções pra você
A minha dica é correr
Ela vai fazer você acreditar que ela nunca está
Por que tadinha ela é tão ocupada
Mas logo você vai perceber
Que deve ser mesmo difícil
Arranjar tempo pra todos e pra você

Parabéns você fez tudo certo,
Dessa vez passou muito perto
Eu já estava começando a acreditar (Hum)
É difícil imaginar que existe alguém assim
Ainda bem que eu descobri pra dar logo um fim
Continue com essa cara de bonzinha eu prometo
Que muitos ainda vão cairSerá que quando você
Pensa nisso você ri
Continue no seu mundinho colorido
Iludindo as pessoas sem se arrepender
Mais agora eu sei a verdadeE todo mundo vai saber


Refrão

Quando ela te mandar flores
Não se iluda você não é a único
Quando ela escrever canções pra você
A minha dica é correr
Ela vai fazer você acreditar que ela nunca está
Por que tadinha ela é tão ocupada
Mas logo você vai perceber
Que deve ser mesmo difícil
Arranjar tempo pra todos e pra você

E eu bato palmas pra você
Não deve ser tão fácil
Enganar alguém assim
Você já deveria saber
Que eu não sou tão tonto
Quanto eles devem ser


Refrão

Quando ela te mandar flores
Não se iluda você não é a único
Quando ela escrever canções pra você
A minha dica é correr
Ela vai fazer você acreditar que ela nunca está
Por que tadinha ela é tão ocupada
Mas logo você vai perceber
Que deve ser mesmo difícil
Arranjar tempo pra todos e pra você



Aguardar e Esperar

Alexandre Dumas é um daqueles escritores que eternizaram suas obras, o autor de livros como Os três mosqueteiros, O homem da máscara de ferro e O Conde de Monte Cristo é um dos famosos autores do Romantismo europeu.



Há algumas semanas atrás me dediquei a ler O Conde de Monte Cristo, este livro (muito, muito resumidamente) narra as aventuras do jovem marinheiro Edmundo Dantès após ser acusado injustamente de traição política.

Quando o capitão do navio que Edmundo estava a bordo falece, o marinheiro realiza o último pedido deste, que era entregar alguns documentos na Ilha de Elba. Neste período em que Edmundo aportou na ilha, Napoleão Bonaparte estava exilado no mesmo local. Foi feita então uma conspiração contra o rapaz acusando-o de bonapartista e ele acaba indo parar nos terríveis calabouços da Ilha de If.

Uma aventura com mistérios, sofrimentos e vingança faz a gente se apaixonar pelo livro e querer terminar de lê-lo logo para saber o que a cada capítulo nos espera. Gostaria de ressaltar alguns pontos que me marcaram bastante após a leitura, logo que Edmundo conhece o abade tem suas primeiras conversas com ele, lembro-me daquela em que o jovem atentou-se e percebeu que havia pessoas ao seu redor que fizeram com que ele estivesse naquele momento em um calabouço, ele passa a olhar com outros olhos o mundo que o cerca deixando a ingenuidade e aperfeiçoando cada vez mais em sua prometida vingança.

Outro trecho que me interessou muito já no final foi quando o protagonista ressalta a importância de aguardar e esperar o momento certo que há para tudo.


" Life is a storm my young friend, you will bask in the sunlight one moment be shattered on the rocks the next. What makes you a man is what you do when that storm comes. You must look into the storm as you shout as you did in Rome. Do your worst for I will do mine. Then the Fates will know you as we know you as Albert Mondego, the man. "

16 de maio de 2012

A fantasia das três raças brasileiras


Na atualidade não existe nenhuma sociedade ou grupo social que não possua a mistura de etnias diferentes. Há exceções como pouquíssimos grupos indígenas que ainda vivem isolados na América Latina ou em algum outro lugar do planeta.
De modo geral, as sociedades contemporâneas são o resultado de um longo processo de miscigenação de suas populações, cuja intensidade variou ao longo do tempo e do espaço. O conceito “miscigenação” pode ser definido como o processo resultante da mistura a partir de casamentos ou coabitação de um homem e uma mulher de etnias diferentes.
A miscigenação ocorre na união entre brancos e negros, brancos e amarelos e entre amarelos e negros. O senso comum divide a espécie humana entre brancos, negros e amarelos, que, popularmente, são tidos como "raças" a partir de um traço peculiar – a cor da pele. Todavia, brancos, negros e amarelos não constituem raças no sentido biológico, mas grupos humanos de significado sociológico.
No Brasil, há o “Mito das três raças”, desenvolvido tanto pelo antropólogo Darcy Ribeiro como pelo senso comum, em que a cultura e a sociedade brasileiras foram constituídas a partir das influências culturais das “três raças”: europeia, africana e indígena.
Contudo, esse mito não é compartilhado por diversos críticos, pois minimiza a dominação violenta provocada pela colonização portuguesa sobre os povos indígenas e africanos, colocando a situação de colonização como um equilíbrio de forças entre os três povos, o que de fato não houve. Estudos antropológicos utilizaram, entre os séculos XVII e XX, o termo “raça” para designar as várias classificações de grupos humanos; mas desde que surgiram os primeiros métodos genéticos para estudar biologicamente as populações humanas, o termo raça caiu em desuso.
Enfim, "o mito das três raças" é criticado por ser considerado uma visão simplista e biologizante do processo colonizador brasileiro.
Orson Camargo
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP
Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Grécia 400 a.C.






13 de maio de 2012

A Valsa

de Casimiro de Abreu

Tu ontem, 
Na dança 
Que cansa,
Voavas
Coas faces 
Em rosas 
Formosas
De vivo,
Lascivo
Carmim;

Amanha será um dia interessante, já faz algum tempo que não escrevo sobre as coisas cotidianas e especiais que acontecem comigo. Há tantos motivos, desculpas, cantos sem prantos para justificar o injustificável. Sim, sou uma mera mortal indo a mercê dos dias no tempo, admito que estou exagerando, não é porquê não ando escrevendo por aqui que tenho vivido a mercê dos dias no tempo. Várias coisas ao mesmo tempo e pouco tempo para guardá-las em um lugar seguro e confiável. Assim está acontecendo com a minha memória, escola, curso, matemática, livros, e assim a diante. Gosto de escrever aqui no blog para deixar registrado um pouco de conhecimento. Um pouco deste que faço questão de aprimorar a cada dia. Tantas metas, objetivos e uma vida a seguir, não em um eterno presente, mas em um novo amanhecer seguindo sempre em frente, afinal não temos tempo a  perder.
Segundo parágrafo, este finalmente chegou depois de confusos pontos finais e vírgulas. Continuando, amanhã na escola apresentarei um trabalho, um trabalho de toda a sala que se empenhara para fazer tudo bonitinho. Minha parte é declamar o poema A Valsa de Casimiro de Abreu.
E o final? No final dançaremos, ainda não disse sobre o trabalho, continuando o trabalho é sobre o Romantismo, época esta que por mais que digam que não sou, sei que sou uma romântica, não sei se moderna ou contemporânea.
Enfim, dançaremos a dança das danças que é A Valsa, estou ansiosíssima por tudo, dediquei-me tanto nisto que quero ver o resultado ser ótimo. E na dança, como que ironia ou graça do destino dançarei com o parceiro desejado, se o amo não sei, não sei se saberei, não sei o que acarretará. Como pode eu estar arranjando desculpas assim? Eu, talvez o meu orgulho e algo mais.
Amanhã vai ser outro dia.

8 de maio de 2012

Poesia

Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;

é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;

é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor

nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?  

Luis Vaz de Camões





Olha agora to dando de entender Camões. É a coisa tah Seria!!!!!!!!!!!!!!!!!

5 de maio de 2012

O primeiro biólogo

Aristóteles nasceu em Estagira, no norte da Grécia. Tinha ligações com a família real da Macedônia, seu pai sendo médico do rei Filipe. Aos 17 anos foi enviado para estudar na Academia de Platão, em Atenas. Permaneceu ali por 20 anos até a morte de Platão. Em 343 aceitou o convite para se tornar o preceptor de Alexandre, filho do rei Macedônio. Voltou para Atenas com 49 anos e fundou o Liceu. Como Sócrates, porém, foi acusado de impiedade. Fugiu para não permitir que os atenienses "pecassem duas vezes contra a filosofia", mas morreu um ano depois de uma doença estomacal.


Principais Ideias 

A simples extensão da obra de Aristóteles é assombrosa, e as disciplinas e termos que utilizou diram até hoje: ética, lógica, metafísica, meteorologia, física, economia e psicologia. Há mais de 2000 anos sua influência sobre o pensamento europeu tem sido profunda. Aristóteles desconfiava das ideias de Platão com respeito ao mundo dos sentidos, sua busca teve um caráter mais empírico e valoriza as investigações gradativas do cientista. Para ele o conhecimento deve se fundar no que podemos experimentar, portanto, o seu ponto de partida é contrário ao de Platão que valorizava o "mundo das ideias", para ele, o ponto de partida deve ser os sentidos, o mundo da experiência, ir além disso é se perder no misticismo.
Aristóteles definia as coisas em termos das finalidades que elas tinham. Assim, não existe algo como a árvore ideal, distinta daquelas que crescem à nossa volta.                              As coisas ou "substâncias" consistem não só em matéria física bruta, mas também na forma que assumem. O que torna uma planta ou animal o que ele é não é a matéria de que é composto, mas o modo como esta se organiza. Diferentes árvores são a mesma coisa não por se assemelharem a ideia de árvore como pensava Platão, mas por possuirem uma estrutura comum.
Aristóteles nos vê fundamentalmente como seres sociais, e o governo uma instituição para nos ajudar a alcançar uma boa vida na sociedade. Como seu papel é facilitar e não impor, ele rejeita a ideia do Estado de Platão governado por filósofos, julgando a democracia mais apta a alcançar essa meta.
PRINCIPAIS OBRAS: Metafísica; Ética a Nicômaco; Politica; Tratado da Alma.

As principais ideias aristotélicas já foram citadas acima, agora veremos algumas particularidades dessas ideias. Inicialmente, começaremos pela frase a seguir:

"O verdadeiro discípulo é aquele que consegue superar o mestre."

Esta frase é atribuída a Aristóteles, define o rumo próprio que o filósofo seguiu diferenciando-se da teoria das ideias de Platão, onde há dois mundos - o sensível e o inteligível - sobretudo a partir desta distingue-se o pensamento do discípulo com o do mestre.

Ari interessava-se principalmente pelos processos naturais sendo pioneiro ao desenvolver estudos em outras áreas do conhecimento humano.

Física

O termo grego physis que traduzimos por “física”, significa propriamente “filosofia da natureza”, atualmente confunde-se o que entendemos por essa ciência, a física grega abrange todos os seres na natureza em movimento, o que hoje se divide em biologia, química, geologia, etc.

                                                                                             
Ética

Como o homem deve viver? Do que o homem precisa para viver?

Aristóteles acreditava em três formas de felicidade: a primeira forma de felicidade é uma vida de prazeres e satisfações. A segunda forma de felicidade é uma vida como cidadão livre, responsável. E a terceira forma de felicidade é a vida como pesquisador e filósofo.
Aristóteles sublinha o fato de que é preciso integrar essas três formas a fim de que o homem possa levar uma vida realmente feliz.
Ele recusa, portanto, toda e qualquer decisão unilateral. Se Aristóteles vivesse hoje, talvez ele dissesse que a vida de uma pessoa que só cultiva o corpo é tão unilateral - e portanto tão lacunosa - quanto uma vida de outra que usa só a cabeça.

A ética de Platão e de Aristóteles lembra a ciência médica grega: só através do equilíbrio e da moderação é que podemos nos tornar pessoas felizes ou "harmônicas".          


Lógica

Aristóteles fundou a ciência da lógica, ele queria mostrar que todas as coisas na natureza pertenciam a diferentes grupos e subgrupos (reino animal, vegetal e mineral). De vez em quando pode ser necessário por certa ordem em nossos conceitos.
Nesse sentido, Ari dividiu tudo o que há na natureza em 2 grupos:
coisas inanimadas e criaturas vivas.
Para ele, a natureza progride das coisas inanimadas para as criaturas vivas.
Ao reino das coisas inanimadas segue-se primeiramente o reino das plantas.
O reino das criaturas vivas divide-se em 2 subgrupos: o dos animais e o do homem.
Quando o filósofo divide os fenômenos da natureza em diferentes grupos, ele parte das características das coisas, daquilo que elas são capazes ou
daquilo que elas fazem.
Tudo o que vive (plantas, animais e pessoas) tem capacidade de
se alimentar e de multiplicar.
O homem cresce e se alimenta como as plantas,
tem sentimentos e capacidade de  locomoção como os animais,
mas possui além de tudo isto uma característica muito especial, que só ele tem:
                                                       a capacidade de pensar racionalmente

Política

Aristóteles chama o homem de um "ser político", "animal político". 
A família e a cidade satisfazem nossas necessidades vitais primárias, mas o convívio humano para Ari só pode ser dada pelo Estado.

Família e Educação

O Estado deve promover a família e a educação, legislando sobre as mesmas.

"Convém fixar o casamento das mulheres nos dezoito anos, e o dos homens nos trinta e sete, ou pouco menos. Assim a união será feita no momento do máximo vigor e os dois esposos terão um tempo pouco mais ou menos igual para educar a família, até que cessem a ser próprios à procriação" (Política, 4,c.14, § 6).

Com vistas à depuração social defende ainda:

"Quanto a saber quais os filhos que se devem abandonar ou educar, deve haver uma lei que proíba alimentar toda a criança disforme. Sobre o número dos filhos (porque o número dos nascimentos deve sempre ser limitado), se os costumes não permitem que os abandonem e se alguns casamentos são tão fecundos que ultrapassem o limite fixado de nascimentos, é preciso provocar o aborto, antes que o feto receba animação e a vida; com efeito, só pela animação e vida se poderá determinar se existe crime" (Política, 4,c.14, § 10).
Só modernamente se veio a saber melhor sobre a vida. Enquanto isto demorou, até moralistas cristãos admitiram o aborto antes da referida animação de que fala Aristóteles, como acontecida apenas em um estágio adiantado da gestação.

Algumas boas formas de governo citadas pelo filósofo são: monarquia, aristocracia e democracia (o lado negativo desta última é que pode facilmente desvirtuar e transformar no chamado domínio da plebe).

Metafísica


O termo "Metafísica" não é aristotélico; o que hoje chamamos de metafísica era chamado por Aristóteles de filosofia primeira. Esta é a ciência que se ocupa com realidades que estão além das realidades físicas que possuem fácil e imediata apreensão sensorial.

O conceito de metafísica em Aristóteles é extremamente complexo e não há uma definição única. O filósofo deu quatro definições para metafísica:

a ciência que indaga causas e princípios;
a ciência que indaga o ser enquanto ser;
a ciência que investiga a substância;
a ciência que investiga a substância supra-sensível.
Os conceitos de ato e potência, matéria e forma, substância e acidente possuem especial importância na metafísica aristotélica.


As quatro causas
Para Aristóteles, existem quatro causas implicadas na existência de algo:
A causa material (aquilo do qual é feita alguma coisa, a argila, por exemplo);
A causa formal (a coisa em si, como um vaso de argila);
A causa motora (aquilo que dá origem ao processo em que a coisa surge, como as mãos de quem trabalha a argila);
A causa final (aquilo para o qual a coisa é feita, cite-se portar arranjos para enfeitar um ambiente).
A teoria aristotélica sobre as causas estende-se sobre toda a Natureza, que é como um artista que age no interior das coisas.

Essência e acidente
Aristóteles distingue, também, a essência e os acidentes em alguma coisa.

A essência é algo sem o qual aquilo não pode ser o que é; é o que dá identidade a um ser, e sem a qual aquele ser não pode ser reconhecido como sendo ele mesmo (por exemplo: um livro sem nenhum tipo de letras não pode ser considerado um livro, pois o fato de ter letras é o que permite-o ser identificado como "livro" e não como "caderno" ou meramente "papel em branco").

O acidente é algo que pode ser inerente ou não ao ser, mas que, mesmo assim, não descaracteriza-se o ser por sua falta (o tamanho de uma flor, por exemplo, é um acidente, pois uma flor grande não deixará de ser flor por ser grande; a sua cor, também, pois, por mais que uma flor tenha que ter, necessariamente, alguma cor, ainda assim tal característica não faz de uma flor o que ela é).

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