Principais Ideias
A simples extensão da obra de Aristóteles é assombrosa, e as disciplinas e termos que utilizou diram até hoje: ética, lógica, metafísica, meteorologia, física, economia e psicologia. Há mais de 2000 anos sua influência sobre o pensamento europeu tem sido profunda. Aristóteles desconfiava das ideias de Platão com respeito ao mundo dos sentidos, sua busca teve um caráter mais empírico e valoriza as investigações gradativas do cientista. Para ele o conhecimento deve se fundar no que podemos experimentar, portanto, o seu ponto de partida é contrário ao de Platão que valorizava o "mundo das ideias", para ele, o ponto de partida deve ser os sentidos, o mundo da experiência, ir além disso é se perder no misticismo.
Aristóteles definia as coisas em termos das finalidades que elas tinham. Assim, não existe algo como a árvore ideal, distinta daquelas que crescem à nossa volta. As coisas ou "substâncias" consistem não só em matéria física bruta, mas também na forma que assumem. O que torna uma planta ou animal o que ele é não é a matéria de que é composto, mas o modo como esta se organiza. Diferentes árvores são a mesma coisa não por se assemelharem a ideia de árvore como pensava Platão, mas por possuirem uma estrutura comum.
Aristóteles nos vê fundamentalmente como seres sociais, e o governo uma instituição para nos ajudar a alcançar uma boa vida na sociedade. Como seu papel é facilitar e não impor, ele rejeita a ideia do Estado de Platão governado por filósofos, julgando a democracia mais apta a alcançar essa meta.
PRINCIPAIS OBRAS: Metafísica; Ética a Nicômaco; Politica; Tratado da Alma.
As principais ideias aristotélicas já foram citadas acima, agora veremos algumas particularidades dessas ideias. Inicialmente, começaremos pela frase a seguir:
"O verdadeiro discípulo é aquele que consegue superar o mestre."
Esta frase é atribuída a Aristóteles, define o rumo próprio que o filósofo seguiu diferenciando-se da teoria das ideias de Platão, onde há dois mundos - o sensível e o inteligível - sobretudo a partir desta distingue-se o pensamento do discípulo com o do mestre.
Ari
interessava-se principalmente pelos processos naturais sendo pioneiro ao desenvolver estudos
em outras áreas do conhecimento humano.
Física
O termo grego physis que traduzimos por “física”, significa
propriamente “filosofia da natureza”, atualmente confunde-se o que entendemos
por essa ciência, a física grega abrange todos os seres na natureza em
movimento, o que hoje se divide em biologia, química, geologia, etc.
Como o homem deve viver? Do que o homem precisa para viver?
Aristóteles acreditava em três formas de felicidade: a primeira forma de
felicidade é uma vida de prazeres e satisfações. A segunda forma de felicidade
é uma vida como cidadão livre, responsável. E a terceira forma de felicidade é
a vida como pesquisador e filósofo.
Aristóteles sublinha o fato de que é preciso integrar essas três formas a fim de que o homem possa levar uma vida realmente feliz.
Ele recusa, portanto, toda e qualquer decisão unilateral. Se Aristóteles vivesse hoje, talvez ele dissesse que a vida de uma pessoa que só cultiva o corpo é tão unilateral - e portanto tão lacunosa - quanto uma vida de outra que usa só a cabeça.
Aristóteles sublinha o fato de que é preciso integrar essas três formas a fim de que o homem possa levar uma vida realmente feliz.
Ele recusa, portanto, toda e qualquer decisão unilateral. Se Aristóteles vivesse hoje, talvez ele dissesse que a vida de uma pessoa que só cultiva o corpo é tão unilateral - e portanto tão lacunosa - quanto uma vida de outra que usa só a cabeça.
A ética de Platão e de Aristóteles lembra a ciência médica grega: só através do equilíbrio e da moderação é que podemos nos tornar pessoas felizes ou "harmônicas".
Lógica
Aristóteles fundou a ciência da lógica, ele queria mostrar que todas as coisas na natureza pertenciam a diferentes grupos e subgrupos (reino animal, vegetal e mineral). De vez em quando pode ser necessário por certa ordem em nossos conceitos.
Nesse sentido, Ari
dividiu tudo o que há na natureza em 2 grupos:
coisas inanimadas e
criaturas vivas.
Para ele, a natureza
progride das coisas inanimadas para as criaturas vivas.
Ao reino das coisas
inanimadas segue-se primeiramente o reino das plantas.
O reino das criaturas
vivas divide-se em 2 subgrupos: o dos animais e o do homem.
Quando o filósofo
divide os fenômenos da natureza em diferentes grupos, ele parte das
características das coisas, daquilo que elas são
capazes ou
daquilo que elas fazem.
Tudo o que vive
(plantas, animais e pessoas) tem capacidade de
se alimentar e de
multiplicar.
O homem cresce e se
alimenta como as plantas,
tem sentimentos e
capacidade de locomoção como os animais,
mas possui além de tudo
isto uma característica muito especial, que só ele tem:
a capacidade de pensar racionalmentePolítica
Aristóteles chama o homem de um "ser político", "animal político".
A família e a cidade satisfazem nossas necessidades vitais primárias, mas o convívio humano para Ari só pode ser dada pelo Estado.
Família e Educação
O Estado deve promover a família e a educação, legislando sobre as mesmas.
"Convém fixar o casamento das mulheres nos dezoito anos, e o dos homens nos trinta e sete, ou pouco menos. Assim a união será feita no momento do máximo vigor e os dois esposos terão um tempo pouco mais ou menos igual para educar a família, até que cessem a ser próprios à procriação" (Política, 4,c.14, § 6).
Com vistas à depuração social defende ainda:
"Quanto a saber quais os filhos que se devem abandonar ou educar, deve haver uma lei que proíba alimentar toda a criança disforme. Sobre o número dos filhos (porque o número dos nascimentos deve sempre ser limitado), se os costumes não permitem que os abandonem e se alguns casamentos são tão fecundos que ultrapassem o limite fixado de nascimentos, é preciso provocar o aborto, antes que o feto receba animação e a vida; com efeito, só pela animação e vida se poderá determinar se existe crime" (Política, 4,c.14, § 10).
Só modernamente se veio a saber melhor sobre a vida. Enquanto isto demorou, até moralistas cristãos admitiram o aborto antes da referida animação de que fala Aristóteles, como acontecida apenas em um estágio adiantado da gestação.
Com vistas à depuração social defende ainda:
"Quanto a saber quais os filhos que se devem abandonar ou educar, deve haver uma lei que proíba alimentar toda a criança disforme. Sobre o número dos filhos (porque o número dos nascimentos deve sempre ser limitado), se os costumes não permitem que os abandonem e se alguns casamentos são tão fecundos que ultrapassem o limite fixado de nascimentos, é preciso provocar o aborto, antes que o feto receba animação e a vida; com efeito, só pela animação e vida se poderá determinar se existe crime" (Política, 4,c.14, § 10).
Só modernamente se veio a saber melhor sobre a vida. Enquanto isto demorou, até moralistas cristãos admitiram o aborto antes da referida animação de que fala Aristóteles, como acontecida apenas em um estágio adiantado da gestação.
Algumas boas formas de governo citadas pelo filósofo são: monarquia, aristocracia e democracia (o lado negativo desta última é que pode facilmente desvirtuar e transformar no chamado domínio da plebe).
Metafísica
Metafísica
O termo
"Metafísica" não é aristotélico; o que hoje chamamos de metafísica
era chamado por Aristóteles de filosofia primeira. Esta é a ciência que se
ocupa com realidades que estão além das realidades físicas que possuem fácil e
imediata apreensão sensorial.
O conceito de metafísica em Aristóteles é extremamente complexo e não há uma definição única. O filósofo deu quatro definições para metafísica:
a ciência que indaga causas e princípios;
a ciência que indaga o ser enquanto ser;
a ciência que investiga a substância;
a ciência que investiga a substância supra-sensível.
Os conceitos de ato e potência, matéria e forma, substância e acidente possuem especial importância na metafísica aristotélica.
As quatro causas
O conceito de metafísica em Aristóteles é extremamente complexo e não há uma definição única. O filósofo deu quatro definições para metafísica:
a ciência que indaga causas e princípios;
a ciência que indaga o ser enquanto ser;
a ciência que investiga a substância;
a ciência que investiga a substância supra-sensível.
Os conceitos de ato e potência, matéria e forma, substância e acidente possuem especial importância na metafísica aristotélica.
As quatro causas
Para Aristóteles, existem quatro
causas implicadas na existência de algo:
A causa material (aquilo do qual é feita alguma coisa, a argila, por exemplo);
A causa formal (a coisa em si, como um vaso de argila);
A causa motora (aquilo que dá origem ao processo em que a coisa surge, como as mãos de quem trabalha a argila);
A causa final (aquilo para o qual a coisa é feita, cite-se portar arranjos para enfeitar um ambiente).
A teoria aristotélica sobre as causas estende-se sobre toda a Natureza, que é como um artista que age no interior das coisas.
Essência e acidente
A causa material (aquilo do qual é feita alguma coisa, a argila, por exemplo);
A causa formal (a coisa em si, como um vaso de argila);
A causa motora (aquilo que dá origem ao processo em que a coisa surge, como as mãos de quem trabalha a argila);
A causa final (aquilo para o qual a coisa é feita, cite-se portar arranjos para enfeitar um ambiente).
A teoria aristotélica sobre as causas estende-se sobre toda a Natureza, que é como um artista que age no interior das coisas.
Essência e acidente
Aristóteles distingue, também, a
essência e os acidentes em alguma coisa.
A essência é algo sem o qual aquilo não pode ser o que é; é o que dá identidade a um ser, e sem a qual aquele ser não pode ser reconhecido como sendo ele mesmo (por exemplo: um livro sem nenhum tipo de letras não pode ser considerado um livro, pois o fato de ter letras é o que permite-o ser identificado como "livro" e não como "caderno" ou meramente "papel em branco").
O acidente é algo que pode ser inerente ou não ao ser, mas que, mesmo assim, não descaracteriza-se o ser por sua falta (o tamanho de uma flor, por exemplo, é um acidente, pois uma flor grande não deixará de ser flor por ser grande; a sua cor, também, pois, por mais que uma flor tenha que ter, necessariamente, alguma cor, ainda assim tal característica não faz de uma flor o que ela é).
A essência é algo sem o qual aquilo não pode ser o que é; é o que dá identidade a um ser, e sem a qual aquele ser não pode ser reconhecido como sendo ele mesmo (por exemplo: um livro sem nenhum tipo de letras não pode ser considerado um livro, pois o fato de ter letras é o que permite-o ser identificado como "livro" e não como "caderno" ou meramente "papel em branco").
O acidente é algo que pode ser inerente ou não ao ser, mas que, mesmo assim, não descaracteriza-se o ser por sua falta (o tamanho de uma flor, por exemplo, é um acidente, pois uma flor grande não deixará de ser flor por ser grande; a sua cor, também, pois, por mais que uma flor tenha que ter, necessariamente, alguma cor, ainda assim tal característica não faz de uma flor o que ela é).
Créditos:
Nenhum comentário:
Postar um comentário