Os primeiros semitas são originários da península da Arábia, o Cristianismo levou a história e a religião semitas para mais longe de suas raízes, a expansão do Islã também transportou a cultura semita para todo o mundo.
As três religiões ocidentais - Judaísmo, Cristianismo e Islamismo - têm um pano de fundo semita.
O Corão (livro sagrado do Islã) e o Antigo Testamento foram escritos em línguas semitas aparentadas.
O Novo Testamento foi escrito em grego e quando a doutrina cristão foi reformulada, ela foi marcada pelas línguas gregas e latinas e, com isto, também foi influenciada pela filosofia helenística.
Desde muito cedo os semitas acreditavam num único Deus. No judaísmo, no cristianismo e no islamismo o princípio fundamental é o de que existe apenas um Deus.
Eles tinham uma visão linear da história: No passado, Deus criou o mundo e com isto a história começou. Um dia porém, história vai acabar e isto vai acontecer no dia do Juízo Final, quando Deus julgará os vivos e os mortos.
Acredita-se que Deus intervém na história, ou melhor, que a história existe para que Deus possa fazer valer sua vontade no mundo.
Ainda hoje a cidade de Jerusalém é um importante centro religioso para os judeus, cristão e muçulmanos. Em Jerusalém existem importantes sinagogas (judaicas), igrejas (cristãs) e mesquitas (muçulmanas).
MURO DAS LAMENTAÇÕES
O muro ocidental, conhecido como Muro das Lamentações, é o lugar mais sagrado e venerado pelo povo judeu por tratar-se da única relíquia do último templo. O Muro Ocidental é uma pequena parte da muralha que Herodes construiu no ano 20 a.C., em redor do segundo Grande Templo. No ano 70, quando da destruição da cidade por Tito, este deixou de pé esta parte da muralha com seus enormes blocos de pedra, a fim de mostrar, às gerações futuras, a grandeza dos soldados romanos que foram capazes de destruir o resto da edificação. Durante o período romano não era permitida, aos judeus, a entrada em Jerusalém. Entretanto, durante o período bizantino, lhes foi permitido entrar, uma vez por ano, no aniversário da destruição, quando lamentavam a dispersão de seu povo e choravam sobre as ruínas do Templo. Daí o nome: Muro das Lamentações. O costume de orar junto ao Muro continuou durante o decorrer dos séculos. Entre 1948 e 1967 o acesso ao Muro foi novamente proibido aos judeus, já que ele se encontrava na parte jordaniana da cidade dividida. Depois da Guerra dos Seis Dias, o Muro das Lamentações converteu-se em um lugar de jubilo nacional e de culto religioso.
SANTO SEPULCRO
A Basílica do Santo
Sepulcro, em Jerusalém foi construída centenas de anos atrás em Jerusalém, no
local onde se acredita que Jesus Cristo tenha sido crucificado. Quando Jerusalém foi aniquilada em
70 d.C., o imperador Adriano, de Roma, percorreu a cidade entre 129-130 e, em
represália ao culto clandestino do Evangelho, solicitou a reedificação da
cidade sagrada como um recanto do paganismo batizado de Aelia Capitolina. Mais
ainda, ele ordenou que o túmulo de Cristo fosse revestido de terra e em seu
lugar fosse erguido um santuário ofertado à deusa Vênus.
A criação do primeiro
templo do Santo Sepulcro foi concretizada em 326 sob as ordens do Imperador
Constantino, pouco depois da publicação do Édito de Tolerância ou Édito de
Milão, que finalizava o processo de perseguição dos cristãos, uma iniciativa do
mesmo governante.
Interior da Igreja do Santo Sepulcro
Na mesma época, sua mãe, Helena, foi a Jerusalém
visando encontrar os lugares vinculados aos derradeiros momentos de Jesus na
cidade. Aí ela encontrou o suposto ponto onde foi realizada a crucificação do
Messias, o rochedo intitulado Gólgota, em forma de caveira, e também o
sepulcMas em 614 houve uma nova destruição do templo, desta vez pelos invasores
persas, os quais saquearam a Igreja e levaram consigo seus tesouros. Ela foi
construída novamente pelo Império Bizantino. No ano de 638, Jerusalém foi
tomada pelos muçulmanos; seus primeiros dirigentes, porém, não causaram
qualquer dano aos cristãos, exercitando sabiamente a tolerância.
Mas em 1009 o soberano Al-Hakim, da dinastia xiita
conhecida como fatimida, promoveu a devastação de todos os templos de
Jerusalém, englobando o Santo Sepulcro.
De 1959 em diante não
foi preciso recorrer a qualquer outra ação conciliatória; os três grupos
religiosos mais importantes administram a Igreja, mas coptas e etíopes
ortodoxos ainda reclamam o direito de participar desta gestão. Os governantes
preferem não intervir nesta delicada questão.
A explicação começa em 1:21
MESQUITA DE AL-AQSA
A mesquita de Al-Aqsa é o terceiro local mais sagrado do islamismo, depois de Meca e Medina (onde se encontra o túmulo do Profeta Muhammad). Localiza-se no alto de um morro na parte velha de Jerusalém, conhecido como Monte do Templo pelos judeus e Esplanada das Mesquitas pelos muçulmanos. Os muçulmanos costumavam rezar virados para a mesquita, antes de Meca ter se tornado o foco da religião muçulmana
O acesso à área da mesquita foi fechado a qualquer não-muçulmano desde a polêmica visita de Ariel Sharon, então líder da oposição israelense, ao complexo de prédios no local em setembro de 2000. A visita provocou uma revolta entre os palestinos e levou ao início da atual intifada - a rebelião contra a ocupação israelense.
A importância de Al Aqsa, advém do facto de ter sido visitado pelo Profeta Muhammad, vinda da Grande Mesquita de Meca e daqui ter partido para a sua viagem celestial nocturna (Mihraj) acompanhado pelo Arcanjo Gabriel e onde conheceu e reviveu todos os outros grandes Profetas anteriores e foi aqui que Lhe foi ordenado a prática das cinco orações diárias dentre outros mandamentos.
Para os judeus, o Templo do Monte é o local mais importante do mundo, onde o rei Salomão teria construído o primeiro e o segundo templos sagrados do judaísmo. Foi o local onde Abrão estava pronto para sacrificar o seu filho, Isaac, a pedido de Deus.
Esses conceitos religiosos não negociáveis colocam o local no epicentro do conflito entre israelenses e palestinos.
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