24 de fevereiro de 2012

Aristócles

Filho de uma família nobre  ateniense e seu nome verdadeiro é Arístocles. Seu apelido de Platão é devido à sua constituição física e significa “ombros largos”. Ele foi um dos discípulos de Sócrates, tinha 29 anos quando seu mestre bebeu o cálice de cicuta e após a morte de seu mestre fez muitas viagens, ampliando sua cultura e suas reflexões.



Escreveu vários diálogos filosóficos, como Fédon e Apologia de Sócrates, (este último Platão torna público o que Sócrates havia dito em seu julgamento) nesses títulos é difícil separar os pensamentos do professor das interferências do discípulo. Por ter montado sua própria escola de Filosofia, onde o diálogo vivo era essencial, seus escritos permaneceram conservados para a posterioridade.
Platão interessava-se pela relação entre aquilo que, de um lado, é eterno e imutável, e aquilo que, de outro “flui”. (Exatamente como os pré-socráticos, portanto!)

Para iniciar o estudo de Platão, a seguir uma famosa parábola conhecida por Alegoria da Caverna.


O que Platão nos mostra com esta alegoria é o caminho que o filósofo percorre ao sair do mundo das sombras (das aparências) para alcançar o conhecimento verdadeiro. Na certa Platão também estava pensando em Sócrates, que tinha sido morto pelos “habitantes da caverna” por ter colocado em dúvida as noções que eles estavam acostumados e por querer lhes mostrar o caminho do verdadeiro conhecimento.

Observando a ilustração da caverna identificamos quatro formas de realidade:


  • As sombras: a aparência das coisas.
  • O teatro de sombras: representação de animais, plantas, etc., ou seja, das coisas aparentes.
  • O exterior da caverna: a realidade das ideias.
  • O Sol: a suprema ideia do bem.        
O muro representa a separação de dois tipos de conhecimento: o sensível (que corresponde às duas primeiras formas de realidade) e o inteligível (às duas últimas).


A partir da metafórica alegoria da caverna, Platão idealizou a teoria das idéias. Nesta teoria o mundo sensível, percebido pelos sentidos é ilusório, pura sombra do verdadeiro mundo. Por exemplo, mesmo que existam inúmeras abelhas dos mais variados tipos, a idéia abelha deve ser una, imutável, a verdadeira realidade.
Sobre as coisas do mundo dos sentidos, coisas tangíveis, portanto, não podemos ter senão opiniões incertas. E só podemos chegar a um conhecimento seguro daquilo que reconhecemos com a razão.
Platão interessou-se muito por matemática, exatamente porque os dados matemáticos nunca se alteram. No mundo das idéias podemos chegar a um conhecimento seguro, se fizermos uso da razão. Para Platão possuímos uma alma imortal que existia antes de habitar o nosso corpo, por isso Platão considera todos os fenômenos da natureza meros reflexos das formas eternas, ou idéias. Só que a maioria das pessoas está satisfeita com sua vida em meio a esses reflexos sombreados. Elas acreditam que as sombras são tudo o que existe, e por isso não as vêem como sombras. Com isto, esquecem-se também da imortalidade de suas almas.



       


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