Escreveu vários diálogos
filosóficos, como Fédon e Apologia de Sócrates, (este último Platão torna
público o que Sócrates havia dito em seu julgamento) nesses títulos é difícil
separar os pensamentos do professor das interferências do discípulo. Por ter
montado sua própria escola de Filosofia, onde o diálogo vivo era essencial,
seus escritos permaneceram conservados para a posterioridade.
Platão interessava-se pela
relação entre aquilo que, de um lado, é eterno e imutável, e aquilo que, de
outro “flui”. (Exatamente como os pré-socráticos, portanto!)
Para iniciar o estudo de Platão,
a seguir uma famosa parábola conhecida por Alegoria da Caverna.
O que Platão nos mostra com esta alegoria é o caminho que o
filósofo percorre ao sair do mundo das sombras (das aparências) para alcançar o
conhecimento verdadeiro. Na
certa Platão também estava pensando em Sócrates, que tinha sido morto pelos
“habitantes da caverna” por ter colocado em dúvida as noções que eles estavam
acostumados e por querer lhes mostrar o caminho do verdadeiro conhecimento.
Observando a ilustração da caverna identificamos quatro
formas de realidade:
- As sombras: a aparência das coisas.
- O teatro de sombras: representação de animais, plantas, etc., ou seja, das coisas aparentes.
- O exterior da caverna: a realidade das ideias.
- O Sol: a suprema ideia do bem.
O muro representa a separação de dois
tipos de conhecimento: o sensível (que corresponde às duas primeiras formas de
realidade) e o inteligível (às duas últimas).
A partir da metafórica alegoria
da caverna, Platão idealizou a teoria das idéias. Nesta teoria o mundo
sensível, percebido pelos sentidos é ilusório, pura sombra do verdadeiro mundo.
Por exemplo, mesmo que existam inúmeras abelhas dos mais variados tipos, a idéia abelha deve ser una, imutável, a
verdadeira realidade.
Sobre as coisas do mundo dos
sentidos, coisas tangíveis, portanto, não podemos ter senão opiniões incertas. E só podemos chegar a
um conhecimento seguro daquilo que reconhecemos com a razão.
Platão interessou-se muito por
matemática, exatamente porque os dados matemáticos nunca se alteram. No mundo das idéias podemos chegar a um
conhecimento seguro, se fizermos uso da razão. Para Platão possuímos uma alma imortal que existia antes de
habitar o nosso corpo, por isso Platão considera todos os fenômenos da natureza
meros reflexos das formas eternas, ou idéias. Só que a maioria das pessoas está
satisfeita com sua vida em meio a esses reflexos sombreados. Elas acreditam que
as sombras são tudo o que existe, e por isso não as vêem como sombras. Com
isto, esquecem-se também da imortalidade de suas almas.
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