23 de setembro de 2016

"A vida é batalha, é desafio"

Cidade de Deus foi o filme brasileiro com maior renome internacional, nosso país ainda é visto pelo prisma dessa obra-prima, contudo, qual foi o legado trazido aos atores? É essa pergunta a ser respondida no documentário, Cidade de Deus 10 anos depois.
Assisti a esse filme nesse ano, influenciada pela fama mundial, visto que estava a pesquisar grandes produções. Fui conhecer uma realidade tão próxima a mim bem depois de descobrir a definição de niilismo para Turgueniev, desbravar a guerra da independência dos EUA em O Patriota e entender a crítica capitalista do Rammstein em sua língua original.
Uma das declarações mais impactantes dada no documentário foi a do Seu Jorge ao ressaltar que os negros do nosso país continuam marginalizados pela sociedade. Após 10 anos, a mentalidade era a mesma. Os papéis dados aos negros na imprensa continuam minoritários e estereotipados. Essa constatação me entristece profundamente. Tenho 20 anos e já vivenciei o suficiente para desconstruir as idealizações referentes ao nosso modelo de sociedade. Minha criticidade se aguçou com os anos e cada vez mais quero alcançar a lucidez. Somente por meio dela poderei reagir de modo efetivo as forças provenientes das injustiças e contradições.
Estou lendo o livro Mayombe de Pepetela. Que leitura agradável! Estou aprendendo sobre a vida, a que é cheia de desencontros amorosos, conflitos, estabelecimento de vínculos, mobilidade.

"O contrário da vida é o imobilismo."

"Não são os golpes sofridos que doem, é o sentimento da derrota ou de que se foi covarde."

"Uma nuvem isolada tem a individualidade que lhe é dada pela sua mutabilidade inquieta e caprichosa; esta individualidade per-de na massa que se concentra e que vale seu peso, pela sua potência selvagem."


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