29 de janeiro de 2015

A vida vale a pela

É tão belo quando se tem paixão pelo que faz, independente se isso trará reconhecimento, sucesso ou até mesmo dinheiro. Vivenciar um gesto tão fascinante faz com que a vida valha a pena, faz com que eu tenha minhas incertezas mais incertas, contudo, ainda, assim, fortalecer minha vontade de viver. A atitude do Charles é muito intensa pra mim, perceber que há pessoas  no mundo que realmente estão dispostas a enfrentar desafios e seguir suas paixões. Estou, simplesmente, maravilhada. Essa é a melhor notícia que já recebi esse ano. Parabéns, Charles por viver sua paixão e por ter a coragem de vive-la em um mundo em que a menospreza e outros valores são estimulados. Você é um grande exemplo! 

"Passei em Medicina na UFPB, um dos cursos mais concorridos do Brasil! Embora tenha sido aprovado dentro das vagas, não pretendo cursar porque eu não gosto desse curso, não tenho o menor tesão. Minha paixão é filosofia, curso que concluo no final deste ano. Quero ser professor. Portanto, podem ficar tranquilos que eu não vou me matricular e tomar a vaga de quem quer mesmo fazer o curso. Fiz o Enem para testar meus conhecimentos e só me coloquei o desafio pessoal de passar em medicina para provar uma coisa: Definitivamente, não é difícil passar no vestibular, para qualquer curso. As pessoas superestimam a dificuldade envolvida nisso. #Sisu#Enem #UFPB #Medicina"


28 de janeiro de 2015

MERDA

Estou escutando Vivaldi o mais alto possível para ignorar o mundo exterior. Hoje foi um dia complicado, detestável. Comecei bem, visto que tive uma boa noite de sono. Em 10 minutos de espera tive uma crise existencial. Em 20 minutos quis abrir os olhos de uma pessoa que não aprecia o silêncio e fica a falar MERDA sobre assuntos que não domina. Insuportável, mas suportei. Tá ficando chato, quero escrever algo mais impessoal e não minhas atividades desse dia que parece nunca ter fim.
Eu tenho tendencia a ver o lado bom dos acontecimentos, das coisas, das pessoas. Não é nem um pouco fácil ter essa visão já que a quantidade de MERDA que se ouve é demais pra apenas 24 horas. Estou com raiva de uma pessoa, mas ao mesmo tempo eu a compreendo, queria tanto detesta-la, manda-la as favas, dizer que não quero mais participar dessa MERDA de "projeto" e não consigo, meu máximo é fazer cara feia e não concordar com as MERDAS que saem daquela boca! Será que algum dia esse "desabafo" pode me prejudicar? Estou esperando ansiosamente por ele! Liguei o F* e aumentei o volume de V no máximo. Por que os adultos sempre dizem como deveríamos ser? Isso me enoja! Mais uma crise? Acho que foi ter de marcar uma consulta a psicóloga desse jeito. Sinto-me tão sufocada pela dependência mútua gerada por uma sociedade líquida, é humilhante ter de ouvir reclamações alheias. Não to afim de terminar esse post bem, desse modo, desejo-me humilhação, maus tratos, completo desolo dos fracassados! Que eu tenha um péssimo ano!

21 de janeiro de 2015

Je suis Amélie


Encantador! Esse é um dos adjetivos mais prudentes para caracterizar o filme O fabuloso destino de Amélie Poulain. Tem como protagonista uma mulher amável e introvertida que por meio de pequenos gestos muda a vida das pessoas ao seu redor. Acostuma à solidão e a encontrar a felicidade em pequenos prazeres, como jogar pedras em um rio e afundar a mão num saco de sementes, ela se sente cada vez mais inquieta ao se apaixonar por um ex-coleguinha de escola. Uma das cenas mais marcantes pra mim foi a que ela se transforma em água depois que vê seu amado ir embora. 

Há momento em nossa vida em que todo o nosso destino depende apenas de uma decisão, uma escolha. Escolher o amor é um ato de coragem que não podemos renunciar, jamais!


19 de janeiro de 2015

Ich sage euch:


 Ich sage euch: man muss noch Chaos in sich haben, um einen tanzenden Stern gebären zu können. Ich sage euch: ihr habt noch Chaos in euch.
Eu vos digo: é preciso ter um caos em si, parar poder dar à luz uma estrela dançante. Eu vos digo: ainda tendeis um caos dentro de vós 

17 de janeiro de 2015

Sobre paixão e amor


"Por que os humanos se apaixonam?", pergunto.
"Pode-se dizer que é algum tipo de escolha."
"Entendo", eu falo. "Muito bem, então como os humanos se apaixonam? Como é que você cria a consciência que faz com que eles percebam que foram feitos um para o outro?"
"Primeiro, eles não estão tão apaixonados como acreditam", ela diz. "Cair de amores implica que você esteja descontrolado, e isso é o que Paixão e Luxúria e Desejo querem que sinta. O problema é que elas fazem um trabalho de  marketing tão bom delas mesmas que muitos humanos prontos para o amor que me confundem com seu anseio físico."
Devo admitir que tenho visto a parte dos humanos que me toca estragar suas sinas à procura de amor, quando o que eles realmente queriam era trepar.
"A verdade, Fábio", ela diz, entornando o resto de seu uísque, "é que o amor é como um bom livro que você não consegue largar e que deseja que nunca termine. Mas, com Atração e Luxúria, em vez de saborear a forma como a história se desenrola, você simplesmente pula para o último capítulo."
Enquanto reflito sobre isso, Amor pede outro uísque com gelo. Ouço Paixão e Desejo dando risadinhas, lá no fundo do salão.
"E segundo", diz Amor, apontando para o ambiente em torna de nós, "nem todos estão prontos para me acolher. Aqueles casais ali, todos prisioneiros de sua paixão e de seu desejo, não estão prontos para o amor. Não saberiam o que fazer com ele. Então, não vou perder meu tempo com homens e mulheres que não podem apreciar o que eu lhes ofereço."
"Tudo bem. Então, quando a gente está pronto para o amor, como é que sabe que não se trata de Atração ou Desejo?"
Amor sorri e olha para o seu drinque. "Você simplesmente sabe."

Desastre de S.G.Browne 
 

15 de janeiro de 2015

oninecseF


Nós brasileiros abusamos do eu te amo, até mesmo contaminamos os portugueses com esse refrão. Acho que foi a Agustina Bessa-Luís quem disse que a televisão brasileira, as novelas da Globo causaram esse contágio; anteriormente os portugueses diziam gosto de ti, tinham vergonha de dizer eu te amo. Essa mania nossa veio dos americanos, eles dizem eu te amo até o peixe no aquário

13 de janeiro de 2015

Keep smiling

Página em branco para ser preenchida com uma síntese de como foi o ano de 2014. Já posterguei quase metade de minhas férias para escrever algo relacionado a isso aqui, mas não há jeito, vamos a tal da "retrospectiva"! Hoje percebo que 2014 foi um ano agitadinho, ao iniciá-lo tinha uma proposta de coisas a fazer nele e ao terminar vi que meus planos não ocorreram religiosamente da maneira que planejei, houve uma flexibilização de meus anseios, encontros, desencontros e novos paradigmas. Esse post não estaria completo sem que eu mencionasse as diversas crises existenciais que tive, elas foram responsáveis pela minha crescente inquietude referente à minha capacidade de fazer um curso de engenharia, não me sentia preparada para tal desafio, mas ao mesmo tempo não conseguia perceber melhoras significativas na área de exatas, certamente porque eu não me dedicava como deveria a essas matérias. Quanto a minha vida social, posso confirmar que foi realmente interessante, visto que fortaleci laços que criei no ensino médio, tendo como exemplo principal minha amizade com o Willyan, além do Eduardo. Comemorei  meu aniversário de 18 anos com eles, fomos assistir ao filme Como treinar seu dragão 2 e por causa de uma palavra em alemão, caiu uma muralha que havia entre nós e, assim, formamos um belo trio! Infelizmente, já escrevi aqui sobre um tal de N. e devo dar um desfecho pra esse assunto como forma de respeito a você, caro leitor. Deu em nada. Não dará em nada. Ponto Final. Ao escrever "ponto final", lembrei-me de um filme extraordinário que assisti em 2014, Match Point do (meu já queridíssimo) diretor Woody Allen. Semana passada assisti outro dele também, dessa vez Poderosa Afrodite, que roteiro encantador! Tantas reviravoltas e uma conclusão fatídica: 


A vida é irônica, não é? A vida é inacreditável, milagrosa, triste... maravilhosa.