23 de março de 2014

Auto da Barca


" - Em O auto da barca do inferno, Gil Vicente constrói um teatro alegórico, em que satiriza a sociedade e os valores vigentes da época. Faz isso colocando uma série de pessoas, de diferentes origens e classes sociais, diante de um julgamento: ou elas vão para o Inferno, ou vão para o Paraíso."
" Gil Vicente escrevia seus Autos para a corte da época. Isso quer dizer que essas peças em que ele critica todo mundo, satiriza os modos da sociedade e todos os seus "tipos', inclusive a própria nobreza, eram encenadas dentro dos palácios, na presença do próprio rei. "
Tudo o que  sólido derreter 
  •  Gil Vicente defende o catolicismo genuíno, e não a hipocrisia como alguns faziam na época;
  • Muitos dos problemas que são abordados no Auto da Barca do Inferno são atuais; 
  •  Ele acredita que a vida terrena tem de ser guiada pelos preceitos religiosos: ir para o céu; 
  • É uma encenação do Juízo Final: havia uma antiga crença do barqueiro;
Personagens
  • Diabo: personagem principal, engraçado, dá espaço para que as almas possam se defender, extrovertido; 
  • Anjo: carrancudo, introvertido, orgulhoso, julga rapidamente, autoritário, só se manifesta para julgar; 
  • Cruzados: vão direto para a barca do céu cantando hinos de louvor a Deus; 
  • Bobo: também foi para o céu;
  • Fidalgo;
  • Sapateiro; 
 SAPATEIRO: Quantas missas eu ouvi, 
 nom me hão elas de prestar? 

DIABO: Ouvir missa, então roubar, 
 é caminho per'aqui. 

  • Frade
DIABO Que cousa tão preciosa... 
 Entrai, padre reverendo! 

FRADE Para onde levais gente? 

DIABO Pera aquele fogo ardente 
 que nom temestes vivendo. 

FRADE Juro a Deus que nom t'entendo! 
 E este hábito no me val? 

DIABO Gentil padre mundanal, 
 a Berzebu vos encomendo! 
  • Judeu;  
  • Corregedor; 
  • Enforcado.

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