O
título em português não se assimila ao original (Florence e Giles, nomes
dos protagonistas do livro), dando margem à alguma semelhança com um romance
bastante conhecido no Brasil: A menina que roubava livros.
Capas do livro, note que apenas a brasileira não tem um tom sombrio.
Já
nos primeiros capítulos podemos entender o porquê da menina "não saber
ler" e assim continuamente somos inseridos ao seu cotidiano através de seu
olhar juvenil e um tanto peculiar. O autor descreve de forma minuciosa o dia a
dia da garota e das pessoas que vivem ao ser redor, tendo como pano de fundo a
velha mansão de Blithe, a qual os empregados relatam ser assombrada. Embora
Florence e Giles morem nessa escura mansão por estarem à cuidados de um tio,
jamais viram este. Tudo o que a jovem sabe sobre seu tio foi-lhe contado pela
sua governanta e através de conversas que escutou dos empregados.
Ao
decorrer do livro somos expostos a diversos enigmas que não são nos dado as
respostas. Presenciamos a imaginação de Florence florescer cada vez mais após a
chegada da nova preceptora, seria tudo apenas imaginação da pequena jovem ou
estamos sendo inseridos vagarosamente num suspense que parece insolúvel? As
suspeitas da garota são realmente válidas diante do seu maior medo?
Com
alguns capítulos vagarosos, outros velozes e um tanto inexplicáveis, a menina
que não sabia ler desenrola a história de uma maneira despreocupadamente
atroz.
E
quanto aos enigmas que não são nos dado as respostas, só resta usarmos a nossa
imaginação para desvendá-los, mas seriam nossas respostas muito fantásticas a
ponto de ninguém acreditar nelas?
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