21 de setembro de 2013

Ah, meu querido, eu poderia...

 O título em português não se assimila  ao original (Florence e Giles, nomes dos protagonistas do livro), dando margem à alguma semelhança com um romance bastante conhecido no Brasil: A menina que roubava livros.


Capas do livro, note que apenas a brasileira não tem um tom sombrio.

Já nos primeiros capítulos podemos entender o porquê da menina "não saber ler" e assim continuamente somos inseridos ao seu cotidiano através de seu olhar juvenil e um tanto peculiar. O autor descreve de forma minuciosa o dia a dia da garota e das pessoas que vivem ao ser redor, tendo como pano de fundo a velha mansão de Blithe, a qual os empregados relatam ser assombrada. Embora Florence e Giles morem nessa escura mansão por estarem à cuidados de um tio, jamais viram este. Tudo o que a jovem sabe sobre seu tio foi-lhe contado pela sua governanta e através de conversas que escutou dos empregados.
Ao decorrer do livro somos expostos a diversos enigmas que não são nos dado as respostas. Presenciamos a imaginação de Florence florescer cada vez mais após a chegada da nova preceptora, seria tudo apenas imaginação da pequena jovem ou estamos sendo inseridos vagarosamente num suspense que parece insolúvel? As suspeitas da garota são realmente válidas diante do seu maior medo?
 Com alguns capítulos vagarosos, outros velozes e um tanto inexplicáveis, a menina que não sabia ler desenrola a história de uma maneira despreocupadamente atroz. 
E quanto aos enigmas que não são nos dado as respostas, só resta usarmos a nossa imaginação para desvendá-los, mas seriam nossas respostas muito fantásticas a ponto de ninguém acreditar nelas? 


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