26 de setembro de 2013

Conselhos...


Muitos acham legal dar conselhos acerca de assuntos que se consideram competentes: ainda que sem intenção, podem estar sendo inconvenientes.

Dar conselhos pode ser interpretado como um desrespeito, uma invasão de privacidade: esse costuma ser um bom caminho para ganhar um inimigo.

Minha experiência diz que só se deve dar conselhos quando se é insistentemente solicitado; e ainda assim com o maior cuidado para não magoar.

Quase todo conselho embute alguma ressalva acerca do comportamento do outro. Desconheço quem não se sinta incomodado ao ouvir uma crítica.

A irritação quando criticado é quase inexorável, ainda que seja efetivamente construtiva. Alguns refletirão com calma e irão se beneficiar.

Na prática, podemos nos beneficiar até mesmo de críticas destrutivas, pois elas também podem conter informações preciosas a nosso respeito!

Flávio Givokate 

21 de setembro de 2013

Ah, meu querido, eu poderia...

 O título em português não se assimila  ao original (Florence e Giles, nomes dos protagonistas do livro), dando margem à alguma semelhança com um romance bastante conhecido no Brasil: A menina que roubava livros.


Capas do livro, note que apenas a brasileira não tem um tom sombrio.

Já nos primeiros capítulos podemos entender o porquê da menina "não saber ler" e assim continuamente somos inseridos ao seu cotidiano através de seu olhar juvenil e um tanto peculiar. O autor descreve de forma minuciosa o dia a dia da garota e das pessoas que vivem ao ser redor, tendo como pano de fundo a velha mansão de Blithe, a qual os empregados relatam ser assombrada. Embora Florence e Giles morem nessa escura mansão por estarem à cuidados de um tio, jamais viram este. Tudo o que a jovem sabe sobre seu tio foi-lhe contado pela sua governanta e através de conversas que escutou dos empregados.
Ao decorrer do livro somos expostos a diversos enigmas que não são nos dado as respostas. Presenciamos a imaginação de Florence florescer cada vez mais após a chegada da nova preceptora, seria tudo apenas imaginação da pequena jovem ou estamos sendo inseridos vagarosamente num suspense que parece insolúvel? As suspeitas da garota são realmente válidas diante do seu maior medo?
 Com alguns capítulos vagarosos, outros velozes e um tanto inexplicáveis, a menina que não sabia ler desenrola a história de uma maneira despreocupadamente atroz. 
E quanto aos enigmas que não são nos dado as respostas, só resta usarmos a nossa imaginação para desvendá-los, mas seriam nossas respostas muito fantásticas a ponto de ninguém acreditar nelas? 


2 de setembro de 2013

Test of Three

In ancient Greece (469-399 BC), Socrates was widely lauded for his wisdom. One day the great philosopher came upon an acquintance who ran up to him excitedly and said, "Socrates, do you know what I just heard about one of your students?"

"Wait a moment", Socrates replied. "Before you tell me I'd like you to pass a little test. It's called the Test of Three."

"Test of Three?"

"That's right", Socrates continued. "Before you talk to me about my student let's take a moment to test what you're going to say. The first test is Truth. Have you made absolutely sure that what you are about to tell me is true?"

"No." The man said. "Actually I just heard about it."

"All right", said Socrates. "So you don't really know if it's true or not. Now let's try the second test, the test of Goodness. Is what you are about to tell me about my student something good?"

"No. On the contrary ..."

"So", Socrates continued, "you want to tell me something bad about him even though you're not certain it's true?"

The man shrugged, a little embarassed.

Sorates continued. "You may still pass though, because there is a third test, the filter of Usefulness. Is what you want to tell me about my student going to be useful to me?"

"No. Not really."
"Well", concluded Socrates, "If what you want to tell me is neither True nor Good nor even Useful, why tell it to me at all?"


Philosophy ( philo- "loving" + sophia "knowledge" )