A migração dos valores na direção das aparências reforça o exibicionismo: prevalecem os prazeres da vaidade, efêmeros e que deixam um vazio.É sempre bom lembrar que a origem etimológica da palavra "vaidade" é a mesma de "vão" ou de "vazio": um prazer efêmero que redunda em nada!Sacrificar uma vida interior rica (que nos alimenta de autoestima e nos dá a sensação de dever cumprido) em nome da vaidade é grave engano.Não é por acaso que, nesses tempos em que reina o "ter" e o "aparecer" as pessoas estejam frustradas, bebendo (e se drogando) mais e mais.Em um período em que a aparência é o mais importante, prevalecem a inveja, a rivalidade e competição violentas: não estamos no bom caminho!Os que não pretendem aderir ao que está aí tendem a buscar para si outro caminho: o de uma vida interior rica em projetos e valores sólidos.
Flávio Gikovate
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