Novas chances de cometer erros ao longo dos próximos meses que serão os últimos do Ensino Médio.
E no final eu responderei se valeu ou não a pena e porquê não ou sim.
Eu gostaria apenas de ler a maior quantidade possível de livros nesses meses para libertar-me cada vez mais da ignorância de ser uma aluna do Ensino Médio. Desejo que esses meses sejam os mais demorados e breves possíveis, os mais vagarosos e mais ligeiros que já se passaram. Enfim eu quero vagarosamente ir trilhando o caminho de tornar-me quem sou com os olhos bem abertos e o coração disposto a correr riscos.
Os sintomas apresentados nessa síndrome,apesar de parecerem admitir uma certa homogeneidade no que se refere a prejuízos no estabelecimento de interações, na linguagem e no comportamento, podem exibir muitas variações de uma criança para outra.
Toda essa variedade de sintomas entre uma
criança e outracontribui possivelmente para que se torne mais difícil traçar um perfil
único e exclusivo de um transtorno com o autismo.
Acima estão os 14 sintomas cardeais para o reconhecimento do transtorno autista.
Se uma pessoa apresentar pelo menos cinco desses sintomas de forma persistente e em idade inadequada, pode ser formulada a hipótese de autismo e a família deve ser orientada a buscar um médico especialista.
O transtorno autista apresenta-se como uma desordem no
desenvolvimento que se manifesta desde o nascimento, de maneira grave e por
toda a vida. Acomete certa de 20 entre cada 10 mil nascidos e é quatro vezes
mais comum entre meninos do que entre meninas. Quando a menina é acometida,
normalmente, os sintomas são mais graves.
O autismo é caracterizado por respostas anormais a estímulos
auditivos e/ou visuais e por problemas graves na compreensão da linguagem oral.
A fala custa a aparecer e, quando isso acontece, podemos observar a
ecolalia(repetição das palavras), o uso inadequado de pronomes, estrutura
gramatical e grande inabilidade para usar termos abstratos.
Observamos também uma grande dificuldade de desenvolver relacionamentos interpessoais, pois os autistas não se interessam pelas outras pessoas, dispensam o contrato humano e apresentam também dificuldade no desenvolvimento de outras habilidades sociais, principalmente na linguagem verbal e na corpórea (gestos, mímicas etc). Esses problemas de relacionamento social aparecem antes dos cinco anos de idade, caracterizando-se, por exemplo, por uma incapacidade de desenvolver o contato olho a olho, de participar de jogos em grupo, de manter contatos físicos etc. A pessoa com autismo pode, ás vezes, aparecer com um choro sem controlo ou dar gargalhadas, sorrisos, aparentemente sem causa. É comum não apresentar medo do perigo (altura ou automóveis se locomovendo) e fazer movimentos corporais como o "balançar".
“O autismo não é um transtorno com uma causa, mas um grupo de transtornos relacionados com muitas causas diferentes” (Autismo: Manual para as Famílias).
A inteligência pode variar muito nessa população. Certa de 70% das pessoas com transtorno autista apresentam um RETARDO DO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR - do mais leve até o severo. Outros 20% podem apresentar uma inteligência dentro dos padrões de normalidade e uns 10% têm eventualmente uma inteligência acima da normalidade, definindo o que nós chamamos de AUTISMO DE ALTO FUNCIONAMENTO, no qual notamos uma outra forma de mente, estrutura em padrões diferentes dos normais característicos do ser humano.
O Autismo de Alto Funcionamento, também conhecido como Transtorno de Asperger, tem como características essenciais o "comprometimento grave e persistente da interação social. [...] e no desenvolvimento de padrões restritivos e repetitivos de comportamento, interesses e atividade". A linguagem desenvolve de forma normal, o que permite diferenciar esse transtorno dos demais, nos quais há atrasos e até mesmo a perda da fala. Como exemplo, podemos citar o personagem de Dustin Hoffman no filme Rain Man.
TRATAMENTO
Os profissionais das áreas envolvidas devem usar procedimentos e técnicas em comum, discutindo com os pais sobre as necessidades da criança e sobre o que ela consegue entender e executar. Para isso, sugerimos eleger um profissional de apoio, com o objetivo de organizar e orientar o tratamento, assim como analisar a evolução do quadro do paciente.
O tratamento medicamentoso passa a ser importante, principalmente quando a pessoa com autismo apresenta problemas de comportamento de difícil controle. Muitos pais oferecem uma forte resistência a esse tratamento por temerem reações adversas e por não receberem orientações e informações mais precisas. No entanto, vários tipos de medicamento já comprovaram alguns benefícios recompensadores, ajudando a melhorar a convivência familiar, a diminuir a hiperatividade assim como os comportamento auto-agressivos, as obsessões etc. Esse tratamento poderá servir de complemente, beneficiando as terapias diversas.
Devemos lembrar que as crianças com autismo sempre apresentam avanços com ou sem tratamentos, mas tratar o autismo é ter como meta principal minimizar a dependência, garantindo, assim, sua autonomia, e isso ela não consegue sozinha. Créditos: Facion, José Raimundo. Transtorno do desenvolvimento e do comportamento Páginas: 26, 27, 28, 53 e 63.