17 de janeiro de 2013

Parábola do Filho Pródigo




Um homem tinha dois filhos; 
E o mais moço deles disse ao pai: 
Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. 

E ele repartiu por eles a fazenda.
E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente. 
E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades. 
E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos. 
E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada. 
E, tornando em si, disse: 

Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! 
Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: 

Pai, pequei contra o céu e perante ti; 
Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros. 

E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, 
viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. 
E o filho lhe disse: 

Pai, pequei contra o céu e perante ti, 
e já não sou digno de ser chamado teu filho. 

Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés; 
E trazei o bezerro cevado, e matai-o e comamos, e alegremo-nos; 
Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. 
E começaram a alegrar-se. 

E o seu filho mais velho estava no campo; e quando veio, e chegou perto de casa, 
ouviu a música e as danças. 
E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo. 
E ele lhe disse: 
Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo. 
Mas ele se indignou, e não queria entrar. 
E saindo o pai, instava com ele. 

 Mas, respondendo ele, disse ao pai: 

Eis que te sirvo há tantos anos, 
sem nunca transgredir o teu mandamento, 
e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos; 
Vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as meretrizes, 
mataste-lhe o bezerro cevado. 

E ele lhe disse: 
 Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas; 
Mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; 
tinha-se perdido, e achou-se. 




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