14 de novembro de 2012

Indo-Europeus


Chamamos de indo-europeus todos os países e culturas nos quais são faladas as línguas indo-europeias que são as línguas europeias, maioria das línguas indianas e iranianas, com exceção das línguas fino-úgrias (Iapão, finlandês, estoniano e húngaro), além das línguas faladas nos países Bascos.


Os indo-europeus mesclaram-se às culturas pré-indo-europeias, sendo que a religião e a língua foram os elementos predominantes nesta fusão. Não são apenas as línguas que se parecem, os pensamentos também são aparentados. Por esta razão é que em geral falam de um círculo cultural indo-europeu.


As religiões eram  politeístas e haviam  nítidas afinidades entre alguns mitos, evidentemente que cada um se desenvolve em cenários diferentes. Mas muito desses mitos possuem um núcleo que aponta para uma origem comum. Um desses núcleo pode ser constatado de forma evidente nos mitos das poções da imortalidade e na luta contra os monstros do caos.

As mitologias nórdica e oriental apresentam características semelhantes devido a pertencerem ao mesmo círculo cultural indo-europeu. Para conhecer como essas mitologias descreveram a origem da vida: Mitologia Nórdica e Mitologia Oriental.

Uma das formas de pensar que abrangia estas mitologias é o mundo ser um imenso palco, no qual se desenrola o drama da luta incessante entre as forças do bem e do mal.

As mitologias grega, indiana e nórdica apresentam princípio claros de um tipo de observação filosófica ou "especulação do mundo".
Eles tentavam "entender" o desenrolas da história do mundo. Prova disto é que podemos encontrar em todo o espaço cultural indo-europeu uma palavra determinada que em cada cultura significa "compreensão" e "conhecimento".

Sânscrito: vidya
Grego: idé
Latim: video
Inglês: wise e wisden
Alemão: Weise (sábio) e Wissen ("saber", "conhecimento")
Norueguês: vitem

A palavra norueguesa vitem tem portanto a mesma raiz da palavra indiana vidya, da grega idé e da latina video.

De um modo muito geral, podemos dizer que a visão era o principal sentido para os indo-europeus. Entre os indianos e gregos, iranianos e germânicos, a literatura era marcada por grande visões cósmicas. Faziam representação dos deuses e mitos em quadros e esculturas.


Hemafrodito, filho de hermes e Afrodite, em obra de Bernini.

Por fim, os indo-europeus tinham uma visão cíclica da história, Não há, portanto, um verdadeiro começo para a histórias, assim como não haverá um fim. O que encontramos frequentemente são referências a mundos que surgem e desaparecem, numa alternância infinita entre nascimento e morte.

As duas grandes religiões orientais - Hinduísmo e Budismo - são de origem indo européia. Há muitos evidentes paralelos entre essas duas religiões e a filosofia grega. Estas ainda hoje são fortemente marcadas pela reflexão filosófica.
No Hinduísmo e no Budismo, o elemento divino está presente em tudo (panteísmo) e o homem se sentirá parte deste todo através da meditação e do profundo mergulho dentro de si mesmo.
No hinduísmo o objetivo de cada devoto é de um dia conseguir libertar sua alma do processo de transmigração da alma.

O Hinduísmo defende a crença na transmigração das almas. A alma depois de morta passa a uma forma de vida superior ou inferior, segundo o comportamento da pessoa durante a sua existência. As reencarnações da alma, ou metempsicose, terminam quando se alcança uma forma de vida tão elevada que se chega já ao estado de união com a alma universal (Brama). As ideias de metempsicose influenciaram algumas teorias filosóficas gregas  (Pitágoras, Platão).

Como consequência da crença na transmigração das almas, o hinduísmo tem um sistema de castas que classifica os homens em estritos agrupamentos de categorias. O prêmio e o castigo para as boas e más ações implicam que a pessoa renasça numa existência melhor ou pior, no caminho em direção à fusão com Brama. O respeito pela vida em todas as suas formas reside na crença de que mesmo o bicho menor pode ter sido um homem.

Filosofia 





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