No estudo da história da
filosofia, os primeiros filósofos são chamados de pré-socráticos. Apesar de
passar a ideia de que existiram antes de Sócrates, o termo pré-socrático indica
uma tendência de pensamento, estando relacionado também com filósofos que viveram
na mesma época de Sócrates e até mesmo depois dele.
Aquilo que une os filósofos pré-socráticos é a preocupação em
perguntar e compreender a natureza do mundo (a physis). Queriam entender a
origem, aquilo que originou todas as coisas, o princípio delas. Os filósofos pré-socráticos são divididos em escolas do pensamento:
Escola Jônica, Escola Itálica, Escola Eleática, Escola Atomística; de acordo
com o local e problemas discutidos por seus pensadores.
Alguns
filósofos
Tales de Mileto (624-548 a.C.) "Água"
Tales de Mileto, fenício de origem, é considerado o fundador da
escola jônica. É o mais antigo filósofo grego. Tales não deixou nada escrito,
mas sabemos que ele ensinava ser a água a substância única de todas as coisas.
A terra era concebida como um disco boiando sobre a água, no oceano. Cultivou
também as matemáticas e a astronomia, predizendo, pela primeira vez, entre os
gregos, os eclipses do sol e da lua. No plano da astronomia, fez estudos sobre
solstícios a fim de elaborar um calendário, e examinou o movimento dos astros
para orientar a navegação.
Anaximandro
de Mileto (611-547 a.C.) "Ápeiron"
Anaximandro de Mileto, geógrafo, matemático, astrônomo e político,
discípulo e sucessor de Tales e autor de um tratado Da Natureza, põe como princípio
universal uma substância indefinida, o ápeiron (ilimitado), isto é,
quantitativamente infinita e qualitativamente indeterminada. Com essa
concepção, Anaximandro prossegue na mesma via de Tales, porém dando um passo a
mais na direção da independência do "princípio" em relação às coisas
particulares. Para ele, o princípio da "physis" (natureza) é o
ápeiron (ilimitado).
Heráclito
de Éfeso (504-500 a.C.) “Fogo”
Heráclito nasceu em Éfeso, cidade da Jônia, de família que ainda
conservava prerrogativas reais (descendentes do fundador da cidade). Seu
caráter altivo, misantrópico e melancólico ficou proverbial em toda a
Antigüidade. Desprezava a plebe. Recusou-se sempre a intervir na política.
Manifestou desprezo pelos antigos poetas, contra os filósofos de seu tempo e
até contra a religião. Sem ter sido mestre, Heráclito escreveu um livro Sobre a
Natureza, em prosa, no dialeto jônico, mas de forma tão concisa que recebeu o
cognome de Skoteinós, o Obscuro.
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