22 de janeiro de 2012

Os primeiros passos da Filosofia

Estou a reler o romance O Mundo de Sofia, um dos melhores livros sobre a história da Filosofia e para não deixar em vão as lições que em cada capítulo fazem-me olhar o mundo com outras lentes ópticas (falarei mais sobre essas lentes quando estudarmos sobre Spinoza).
E para começar esta aventura filosófica, apresento-lhes um pouco sobre mitologia e os pré-socráticos.
Mitos

Imagine-se vivendo em determinada época na qual os conhecimentos científicos estão completamente fora de cogitação e tudo o que você sabe são estórias contadas de geração para geração, o papel dessas estórias são de explicar tudo o que ocorre ao seu redor.
O ser humano tende a ter essa necessidade de descobrir quem é de de onde veio, por isso criou mitos, um mito é a história de deuses e tem por objetivo explicar a vida assim como é.
Uma das mais fascinantes mitologias é a grega, as características dos deuses gregos são muitas vezes semelhantes a dos mortais e esta semelhança é criticada pelos primeiros filósofos denominados pré-socráticos.

Pré-socráticos: Os filósofos da natureza

Os filósofos pré-socráticos são, como sugere o nome, filósofos anteriores a Sócrates, esses filósofos interessavam-se sobretudo pela natureza e pelos processos naturais, podemos dizer que eles deram os primeiros passos na direção de uma forma científica de pensar.
Muitos deles defendia a teoria de que haveria uma substância comum a todas as coisas.
Os primeiros filósofos de Mileto acreditavam em uma - e só uma - substância primordial, a partir da qual tudo se originava.
O primeiro filósofo que temos notícia é Tales de Mileto, ele considerou a água origem de todas as coisas.

O filósofo seguinte de que temos conhecimento é Anaximandro. Para ele, o
nosso mundo é apenas um dos muitos que nascem de algo e perecem em algo que ele denominou o infinito. É difícil dizer o que queria significar com o termo infinito, mas sabemos que não pensava, ao contrário de Tales, numa substância totalmente determinada. Talvez quisesse dizer que aquilo, a partir do qual tudo é criado, tem de ser completamente diferente de tudo o que é criado. E visto que tudo o que é criado é finito, tudo o que lhe é anterior ou posterior tem de ser infinito. É claro que o elemento primordial não podia ser, assim, simples água.
Um terceiro filósofo de Mileto era Anaxímenes considerou o ar sendo o elemento primordial de todas as coisas. 


Parmênides x Heráclito

Parmênides acreditava que nada pode mudar e que por isso mesmo, as impressões dos sentidos não são dignas de confiança.
Heráclito acredita que tudo se transforma ("tudo flui") e confiava no que os sentidos lhe diziam.



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