6 de dezembro de 2011

Uma escritora universal


Carola Saavedra nasceu no Chile em 1973, mudou-se com apenas 3 anos para o Brasil.
Morou na França, Espanha e Alemanha, por ter vivido em diversos países as vivências a influenciaram muito em seus livros.
A finalista do Prêmio Jabuti 2011 com Paisagem com dromedário participou da maior feira de livros do mundo em Frankfurt fazendo parte de uma mesa-redonda, cujo tema foi "Quem nos conta sobre o Brasil e o quê".
Carola considera-se uma escritora 100% brasileira, apesar de não fazer referências diretas ao Brasil em seus livros, prefere escrever sobre temas universais, sua estadia  em outros países influenciaram sua forma de escrever e a escritora que ela tornou-se hoje.
Apaixonada pelo idioma alemão e tendo uma relação antiga com a Alemanha onde concluiu um mestrado em comunicação, ter seus livros traduzidos para o alemão representaria um reconhecimento em sua carreira, pois seria como passasse a existir  num país ao qual também pertence.


Destaques de sua entrevista á Deutsche Welle

"Como alguém interessada em pensar a literatura e não apenas em vender livros. Eu não teria nada contra um best-seller, mas não é o meu objetivo.O meu objetivo é a qualidade literária."
  
 "Quando criança, era fascinada pelos livros, pela biblioteca do colégio. Quando me lembro da infância, às vezes, a memória mais forte é de trechos de livros, imagens, personagens de livros que li e não de coisas que vivi."
 "Hoje, moro no Rio de Janeiro, um lugar que eu amo – é como um casamento, em que se ama apesar dos problemas –, é ali que me sinto em casa. Talvez eu possa dizer isso por ter vivido em outros países, visto várias culturas."
 "Às vezes, fazer a pergunta certa é muito mais interessante que dar respostas. E, a questão principal da literatura é a liberdade."
 "Acho que escrevemos porque precisamos escrever. A melhor literatura surge das obsessões de cada autor."
 "Para mim a reação do leitor é sempre um mistério."

 "Cada idioma é uma forma de olhar para o mundo." 
 "A importância que a literatura de um país tem no exterior é um reflexo da sua importância econômica."
 "Parte da vida do escritor é o contato com um leitor, receber um retorno. Acho incrível ter um diálogo com outras culturas."


Os três romances da autora:



Toda terça (Companhia das Letras, 2007)
Flores azuis (Companhia das Letras, 2008; eleito melhor romance pela Associação Paulista dos Críticos de Arte, finalista dos prêmios São Paulo de Literatura e Jabuti)
Paisagem com dromedário (Companhia das Letras, 2010, Prêmio Rachel de Queiroz na categoria Jovem autor, finalista do Prêmio São Paulo de Literatura e do Prêmio Jabuti).


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