15 de fevereiro de 2013

Semitas Parte III de III


Linha do Tempo

Vamos examinar rapidamente o pano de fundo judeu do cristianismo:

  • Tudo começou com a criação do mundo por Deus;
  • Na sequência, o homem se rebelou contra Deus e o castigo de Deus para isto foi a expulsão de Adão e Eva do Paraíso. A partir desse momento, a morte passou a fazer parte do mundo;
  • Deus fez um acordo com Abraão e seus descendentes para seguirem rigorosamente os mandamentos de Deus;
  • Mais tarde este pacto foi renovado, quando Moisés recebeu as Tábuas da Lei no Monte Sinai. Isto aconteceu por volta de 1200 a.C. - Naquela época, os israelitas viviam havia muito tempo como escravos no Egito, mas com a ajuda de Deus todo o povo foi levado a Israel;
  • Por volta de 1000 a.C. houve três grandes reis em Israel, sucessivamente: Saul, Davi e Salomão;
  • Sob o reinado de Davi, todos os israelitas estavam reunidos e viveram neste período o apogeu político, militar e cultural;
  • O Reino de Israel enfraqueceu e foi dividido em um reino do Norte (Israel) e outro ao sul (reino de Judá).
  • Em 722 a.C., o reino do Norte foi devastado pelos assírios e perdeu completamente sua importância política e religiosa;
  • O Reino de Judá foi conquistado em 586 a.C. pelos babilônicos. O templo de Jerusalém foi destruído e grande parte do povo foi levado para a Babilônia;
  • Em 539 a.C. terminou o cativeiro babilônico;
  • A partir de 750 a.C., aproximadamente, surgiram vários profetas que anunciavam o castigo de Deus a Israel, pois o povo não havia respeitado os mandamentos do Senhor - Chamamos tais profecias de "Profecias do Juízo Final";
  • Não tardaram a surgir outros profetas que anunciavam a vinda de um profeta da cada de Davi - Chamamos estas profecias de "Profecias da Redenção".
Messias

As palavras chaves neste contexto são "Messias", "Filho de Deus" e "Reino de Deus". No início tudo tinha um significado político. O redentor era visto por todos como um libertador nacional, que teria vindo pôr fim aos sofrimentos dos judeus sob a dominação dos romanos. 
Duzentos anos antes do nascimento de Jesus, outros profetas já haviam anunciado que o Messias prometido seria o redentor de todo o mundo, viria para redimir todos os homens do pecado, da culpa e também da morte.



No vídeo acima podemos ver em forma de desenho a tão esperada chegada do Messias. Os judeus esperavam que o Filho de Deus viria para livrá-los dos romanos e que seria um líder político, militar e religioso tal como foi Davi. No entanto, aparece Jesus com suas vestimentas simples dizendo que o Reino de Deus significa "Amar ao próximo como a ti mesmo".  No vídeo Nicodemos se pergunta "Não existe nenhuma vingança em Jesus. Pode um homem desses ser um Messias?"
Mas afinal, do quê poderia Jesus salvar os judeus? Ele não apenas libertou os israelitas do jugo de outros povos, mas veio redimir todos os homens do pecado, da culpa e também da morte. Através do amor, da compaixão pelos fracos e do perdão para todos os que tinha errado.


Jesus


Pregar o perdão de Deus era algo jamais visto antes, por esta razão não tardou que sua mensagem radical ameaçasse tantos interesses e posições. Ao ser condenado e morto na cruz, todo o povo e os discípulos de Jesus perguntaram-se se ele realmente era o Messias. Com os boatos sobre a ressurreição de Jesus todos os seus ensinamentos fizeram sentido e  assim começava a Igreja cristã. 

Poucos anos depois da morte de Jesus, o fariseu Paulo se converteu ao cristianismo e a partir de então viajou espalhando para todo o mundo greco-romano a "boa-nova". Apenas algumas décadas depois da morte de Cristo já havia comunidades cristãs em todas as cidades gregas e romanas mais importantes: Atenas, Roma, Alexandria, Éfeso, Corinto. Entre três e quatro séculos depois, todo o mundo grego-romano estava cristianizado.

14 de fevereiro de 2013

Sobre a sabedoria


Os mais sábios não se apegam demais às suas ideias: eles sabem que, mais dia, menos dia, elas serão substituídas por outras mais abrangentes.

Os mais sábios amam aprender e se aprimorar. Assim sendo, não têm medo do tédio, que só atinge os que estão satisfeitos com o que já sabem.

Por gostarem de aprender, os mais sábios mantém seus cérebros "porosos", permeáveis a qualquer ideia nova que lhes pareça rica e promissora.

Os que buscam a sabedoria devem ficar atentos a tudo o que ouvem, venha de quem vier: quem sabe ouvir sempre pode "cruzar" com uma boa ideia.

Muita gente finge que ouve; porém, está mesmo é buscando argumentos para desqualificar o que está sendo dito: Perdem boa chance de aprender.

Quanto mais sábia for a pessoa, mais será capaz de se despojar de suas ideias e tentar ouvir o que diz o interlocutor com a máxima isenção.

Flávio Gikovate 

5 de fevereiro de 2013

Sobre a Liberdade



"Os que se "inventam" com mais criatividade e ousadia são criaturas mais livres e isso tem um desdobramento: são responsáveis por seus atos!
Se fôssemos o fruto puro da genética e de determinadas funções cerebrais não seríamos responsáveis pelos nossos atos: seríamos "marionetes".
 
Os que se inventam usam o espaço de liberdade que possuem para definir valores morais, estilo de vida, postura social, relações sociais etc.
 
Quando uma pessoa define seus próprios valores, ela se torna referência para si mesma: cabe a ela honrar as normas que ela mesma construiu!
 
A norma que deriva da ideia de que liberdade implica responsabilidade é: não posso mais acusar a nada e a ninguém por meus erros e fracassos.
 
Os que "são eles mesmos", os mais livres e responsáveis por seus atos, têm o dedo apontado para si e não para os outros: assumem seus erros."